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Aquela noite. Foto: Jussara L. |
- Não sou poeta, não escrevo poesias. E também sou incapaz de usar linguagem poética em meus textos - diz Sara Luna, entre um gole e outro de café. - Só faço rimas.
- Por que não me limito à prosa?, boa pergunta!- continua ela - Porque através dos versos consigo expressar-me melhor e dizer mais com menos palavras.
- Publicar minhas rimas no teu blog? - surpreende-se Sara. - Aceito. Só quero deixar bem claro que não tenho qualquer compromisso com a coerência. O que digo pode valer num dia e no dia seguinte não representar mais nada.
Sara Luna suspira:
- Na verdade, meus versos só relatam o momento. "Aquela noite" desapareceu no passado e a pessoa que os escreveu não existe mais.
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Ah! Aquela noite Foto: Jussara L. |
Aquela noite
Não temos nada em comum.
Eu sou água, tu és vento
Tu razão, eu sentimento.
Não, não temos nada em comum.
Tu inércia, eu movimento
Eu ação, tu pensamento
Não temos mesmo nada em comum.
Tu remanso, eu voragem
Tu prudência, eu coragem
Em comum não temos nada.
Tu a luz, eu a voltagem
Tu o silêncio, eu a mensagem
Ele e eu tão diferentes
Nada temos em comum.
Separados, incompletos.
Quando juntos, nos somamos
Quando juntos, somos um.
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