domingo, 17 de abril de 2011

RIMAS DE SARA LUNA - II AQUELA NOITE

Aquela noite.
Foto: Jussara L.

- Não sou poeta, não escrevo poesias. E também sou incapaz de usar linguagem poética  em meus textos -  diz Sara Luna, entre um gole e outro de café. - Só faço rimas. 
- Por que não me limito à prosa?,  boa pergunta!- continua ela - Porque através dos  versos  consigo expressar-me melhor e dizer mais com  menos palavras.

- Publicar minhas rimas no teu blog? - surpreende-se Sara. - Aceito.  Só quero deixar bem claro que não tenho qualquer compromisso com a coerência. O que digo pode valer num dia e no dia seguinte não representar mais nada.
Sara Luna suspira:
- Na verdade, meus versos só relatam o momento. "Aquela noite" desapareceu no passado e a pessoa que os escreveu não existe mais.


Ah! Aquela noite
Foto: Jussara L.

    Aquela noite
    

Não temos nada em comum.

Eu sou água, tu és vento

Tu razão, eu sentimento.



Não, não temos nada em comum.

Tu inércia, eu movimento

Eu ação, tu pensamento



Não temos mesmo nada em comum.

Tu remanso, eu voragem

Tu prudência, eu coragem



Em comum não temos nada.

Tu a luz, eu a voltagem

Tu o silêncio, eu a mensagem



Ele e eu tão diferentes

Nada temos em comum.

Separados, incompletos.

Quando juntos, nos somamos

Quando juntos, somos um.

Nenhum comentário:

Postar um comentário